
Refletindo no mundo das ideias
Refletindo no mundo das ideias
A gente sabe o que esse cara vai fazer…
Escolha com sabedoria
Aquelas variações na hora de chamar o garçom
Levaram tudo, só sobrou a saudade
Sempre tem aquele cachorro que pede carinho e morde, e sempre são os pequenos
Milimetricamente calculado pra não ter injustiça
É só o que resta…
Quando a maior ameaça global não era inteligência artificial, mas sim alguém pegar no telefone fixo enquanto você estava tentando entrar no MSN. Você lembra disso? Você lá, todo empolgado, com a frase “Online, mas invisível” só pra espionar o crush, e de repente… TUUUUU TU-TU-TUUUUIIIIN TUUUINNNNN — o modem gritava como se estivesse sendo exorcizado. E bastava sua mãe querer ligar pra tia pra tudo cair por terra.
Naquela época, o Orkut era o império digital. As pessoas se declaravam com depoimentos tipo: “Te adoro de montão, nunca mude!” e entravam em comunidades como “Eu já tentei lamber o cotovelo” ou “Odeio segunda-feira”, os melhores blogs de humor ainda estavam no auge. Era o auge da filosofia da vida em scrap. Se você não tinha pelo menos 2.000 amigos no Orkut, você era basicamente um ermitão social.
Nossa… quem tinha um Nokia tijolão tinha um escudo indestrutível. Se caísse no chão, não quebrava. Quebrava o chão. Jogar Snake (aquele jogo da cobrinha) era o Call of Duty da época, e a adrenalina batia forte quando a cobrinha quase se mordia.
A música? Era puro drama adolescente. Tinha RBD, Fresno, CPM 22, e quem nunca gritou “Y soy rebeldeeee” no chuveiro não viveu 2005. E os emos… ah, os emos. Franja no olho, pulseira de tacha, sofrimento por amor que nem tinha começado ainda. O ápice do romance era fazer um nick no MSN com o nome da pessoa e uns 28 caracteres especiais. Tipo: “xX_Princesa_do_Luan_Xx 💔”.
Você assistia “As Branquelas” e ria da mesma piada pela 18ª vez como se fosse a primeira. O ápice da tecnologia era rebobinar a fita cassete com uma caneta Bic porque o videocassete tava “comendo a fita”.
Enfim, 2005 foi um tempo mágico, em que as selfies eram tiradas com câmera digital de 3 megapixels e postadas três dias depois — quando alguém conseguisse passar pro computador com o cabo USB que ninguém achava.
Sdds, 2005. Você foi cringe, mas foi feliz.