O ano era 2005

O ano era 2005

Ah, 2005…

Quando a maior ameaça global não era inteligência artificial, mas sim alguém pegar no telefone fixo enquanto você estava tentando entrar no MSN. Você lembra disso? Você lá, todo empolgado, com a frase “Online, mas invisível” só pra espionar o crush, e de repente… TUUUUU TU-TU-TUUUUIIIIN TUUUINNNNN — o modem gritava como se estivesse sendo exorcizado. E bastava sua mãe querer ligar pra tia pra tudo cair por terra.

Naquela época, o Orkut era o império digital. As pessoas se declaravam com depoimentos tipo: “Te adoro de montão, nunca mude!” e entravam em comunidades como “Eu já tentei lamber o cotovelo” ou “Odeio segunda-feira”, os melhores blogs de humor ainda estavam no auge. Era o auge da filosofia da vida em scrap. Se você não tinha pelo menos 2.000 amigos no Orkut, você era basicamente um ermitão social.

E os celulares?

Nossa… quem tinha um Nokia tijolão tinha um escudo indestrutível. Se caísse no chão, não quebrava. Quebrava o chão. Jogar Snake (aquele jogo da cobrinha) era o Call of Duty da época, e a adrenalina batia forte quando a cobrinha quase se mordia.

A música? Era puro drama adolescente. Tinha RBD, Fresno, CPM 22, e quem nunca gritou “Y soy rebeldeeee” no chuveiro não viveu 2005. E os emos… ah, os emos. Franja no olho, pulseira de tacha, sofrimento por amor que nem tinha começado ainda. O ápice do romance era fazer um nick no MSN com o nome da pessoa e uns 28 caracteres especiais. Tipo: “xX_Princesa_do_Luan_Xx 💔”.

E os filmes?

Você assistia “As Branquelas” e ria da mesma piada pela 18ª vez como se fosse a primeira. O ápice da tecnologia era rebobinar a fita cassete com uma caneta Bic porque o videocassete tava “comendo a fita”.

Enfim, 2005 foi um tempo mágico, em que as selfies eram tiradas com câmera digital de 3 megapixels e postadas três dias depois — quando alguém conseguisse passar pro computador com o cabo USB que ninguém achava.

Sdds, 2005. Você foi cringe, mas foi feliz.

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